sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entrevista com Patati e Patatá


O show dos palhaços Patati e Patatá esconde segredos daqueles mais "segredáveis". Melhor criança não saber. Os personagens de roupas coloridas, voz infantil e sorriso constante no rosto integram uma marca de sucesso de pelo menos 25 anos. São hoje os palhaços mais bem sucedidos do país: milhões de CDs e DVDs vendidos, músicas cantadas por crianças do Brasil e do estrangeiro, e identidade reservada a poucos. Vale mesmo a personificação, a magia, o encanto do universo sempre alegre dos palhaços. A dupla se apresenta às 18h de amanhã, no Ginásio Machadinho. Patati e Patatá surgem como herdeiros dos palhaços Arrelia e Carequinha. O Bozo até trabalha com eles; é uma espécie de agenciador dos shows da dupla no estrangeiro. Mas a biografia de cada um desses palhaços considerados patrimônio cultural brasileiro tem nome, idade e história. Arrelia é Waldermar Seyssel, filho de família circense, se formou advogado e fez história na TV Record. Carequinha é George Savalla, autor dehits infantis como Sapo Cururu e O Bom Menino. O Bozo foi o primeiro palhaço de sucesso nacional a esconder a identidade, e pelo personagem se passaram vários atores. Patati e Patatá são personagens feito o Bozo - funcionários de um case vitorioso. Visitaram a redação do Diário de Natal trajados de palhaços. É assim também em viagens até de avião. Se dizem amigos pela convivência íntima de turnês e shows constantes. Maquiados, se passam por irmãos gêmeos facilmente. São jovens, altos; não passam de 30 anos. Mesmo durante a entrevista falam como palhaços e teimam em esconder nome, idade e trajetória profissional.

Quem são Patati e Patatá?

Somos os palhaços mais alegres do Brasil!

Qual a idade de vocês?

Temos 25 anos de palhaço.

Começaram quando criança, é isso? O que faziam antes?

Éramos bebês-palhaços!

Patati e Patatá é uma marca que vem bem antes de vocês...

Rinaldi se tornou dono da marca. É o nosso empresário.

Vocês são irmãos ou amigos, como se conheceram?

Somos amigos; irmãos-amigos.

Tantos palhaços espalhados pelos circos do país e vocês despontam de maneira fulminante. Qual o segredo?

De segunda à sexta divulgamos nosso trabalho nas escolas. Já gravamos oito DVDs e 12 CDs. E agora estamos com essa turnê nacional.

Se valem das novas tecnologias e ferramentas de mídia para divulgação?

Ah, sim! Temos twitter, site, orkut e um fã-clube recente já com 60 mil membros. Somos palhaços antenados com o mundo e visitamos a criança onde ela está.

Como é a vida fora da maquiagem e das vestes?

Andamos na rua vestidos de palhaço, viajamos assim. Até de avião. No começo a Infraero não deixava. Passávamos por baixo daroleta, hehe, brincadeira!. Mas agora eles liberaram.

Mas vocês se inspiram nos grandes palhaços que fizeram história no Brasil?

Nossa inspiração são as crianças. Nada mais bonito que a sinceridade do sorriso delas. Mas lembramos do Carequinha, do Arrelia, o Bozo.

Vocês têm algum laço com o universo circense?

Fizemos participações no circo e o Arlindo Barreto, que fazia o Bozo, hoje trabalha conosco com a divulgação do trabalho no exterior.

A música de vocês está na boca de milhões de crianças. Quem compõe?

Temos um leque de compositores próprios, desde o primeiro CD. No show os adultos também dançam e cantam e acabam assistindo o DVD por tabela.

É a primeira vez em Natal?

Viemos outras vezes e participamos de bloco no Carnatal. Mas é a primeira vez com o show de cenário, banda de bonecos, dançarinos.

Há o estigma de que palhaços se revelam tristes frente ao espelho quando retiram a maquiagem no camarim...

São contos, livros que falam disso. Viemos para mudar esse conceito, até porque não atuamos em circo. Somos palhaços alegres!

FONTE: Por Sérgio Vilar, da redação do DIARIODENATAL ( www.dnonline.com.br )